O ffilme se passa na França, 1774, quando o último e faminto herdeiro da família Sigognac, deixa o castelo de seus ancestrais para acompanhar um grupo de atores itinerantes, a caminho da corte do rei. Seduzido pela bela Serafina e pelo amor de Isabelle, o jovem Sigognac dará início as suas aventuras. No decorrer da difícil viagem, é Isabelle que, com sua ingenuidade, lhe conquista o coração e por ela Sigognac enfrentará seus maiores desafios. Emboscadas, sequestros, duelos e amores o transformam em um verdadeiro Senhor: o Barão de Sigognac. A Pedido da amada, Sigognac vence sua timidez e se inicia no teatro. Isabelle foge preferindo a vida de conforto e riqueza no palácio do Duque. Desiludido, o jovem Barão descobre no teatro sua verdadeira paixão.
A mistura de franceses e italianos no elenco de Viagem do Capitão Tornado também destaca o lado "multinacional" das famílias de atores da época, e as presenças de Ornella Muti e Emmanuelle Béart enriquecem o filme como mostrando que as mulheres tinham o seu nicho na "commedia dell'arte", sendo as únicas da companhia a não usarem máscaras nas apresentações, o que até ajudava a atrair atenção do público (e dos nobres) ao irem às peças para admirarem a beleza dessas atrizes.
É curioso notar como vários aspectos da "commedia dell'arte" são observados no cinema e na TV comercial atual, como exposição da beleza feminina e fiapos de enredos batidos e previsíveis sendo usados em comédias. Isso mostra como esse fenômeno teatral foi influente na cultura ocidental como um todo.
A película mistura cenografia teatral e realismo. Seu elegante e bem redigido roteiro, além de divertido, oferece momentos de sutil sabedoria. Uma verdadeira homenagem ao teatro itinerante, bem como seus heróicos artistas.
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