O vocábulo "SÁTIRA", etimologicamente falando, é resultado relação entre a palavra "misturar" e a palavra "saturar" - do latim: SATURA.
Suas origens tiveram ponto marcante no século IV a.C.; Jovens Romanos teatralizavam versos e paródias, contendo "jocosos" personagens das figuras mais famosas da época. As mais antigas peças literárias do gênero são atribuídas à Ênio e Pacúvio; após estes, Lucílio - no século II a.C., firmou o gênero como "Comédia Satírica". Estilos Teatrais, em tempos diferentes, após estes, mantiveram estas características: a "Commèdia Dell'Arte" - donde Molière extraiu seus personagens -, no Brasil entre séc.s XIX e XX - Arthur Azevedo e Martins Pena -, o 'Vaudeville' francês, e etc.
No Cinema, Charles Chaplin e outros se utilizaram da pantomima como ponte para a Comédia; e posteriormente, no Brasil, Oscarito ficou imortalizado nas 'Grandes Chanchadas': quem não conhece a antológica cena de 'Romeo e Julieta', feita por ele com Grande Otelo em 'Carnaval de Fogo'?
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domingo, 8 de julho de 2012
sexta-feira, 6 de julho de 2012
A FARSA CIRCENSE
O Teatro Circense é um gênero que, se originou duma junção de artistas de tradição circense, que reunia em sua grande parte, atores-palhaços e outras atrações originárias do Circo, em seu contexto. Apresentavam-se peças de variados gêneros: Dramalhões, Romances, Comédias e, até Terror -, que eram apresentadas em horários apropriados ao estilo literário encenado.
Muito semelhante ao Teatro Bufo e à Commédia dell'Arte, e até ao Randevus (Francês) - este Estilo Teatral farcesco, predominou nos finais e inícios - do Séc. 19 ao 20 -, originando o famosíssimo Vaudeville.
No Brasil este estilo teatral foi muito difundido em pequenas Cidades, até os inícios da Década de 50.
O Projeto 'Mercado de Estórias' - da Cia. Teatro CANTA BRINCA CONTA, com temporadas no Mercado São José das Artes, no Teatro Cacilda Becker (da foto) e no Museu Histórico Nacional, utilizou-se bastante deste estilo teatral nos anos de 1991 e 1992.
quinta-feira, 5 de julho de 2012
Máscaras da Commedia dell'Arte
Acessório utilizado para cobrir o rosto, utilizado para diversos propósitos: lúdicos (como nos bailes de máscaras e no carnaval), religiosos, artísticos ou de natureza prática (máscaras de proteção),é possivelmente , o mais simbólico elemento de linguagem cênica através de toda história do teatro. Seu uso, provavelmente, remonta à representação de cabeça de animais em rituais primitivos, quando ou o objeto em si ou o personagem que o usava representavam algum misterioso poder. No teatro grego a máscara foi utilizada tanto na tragédia como na comédia, atendendo a várias funções: diferenciar sexo e idade; permitir a execução de mais de um papel pelo mesmo ator; e segundo alguns teóricos, ampliar o som da voz humana numa espécie de caixa acústica Muitas vezes tribos africanas usam máscaras em cerimônias de passagem entre a vida e a morte.
As máscaras aparecem durante as festividades de Dionísio (Deus do vinho). Nessas festas todos bebiam, cantavam, dançavam e usavam máscaras, feitas de folha de parreira, por acreditar que Dionísio estaria presente entre as pessoas. A máscara teatral grega possuía diferentes funções quando em cena, tais como proporção maior que a face do ator e os traços expressivos acentuados, para que todo o público pudesse assimilar o caráter do personagem.
As máscaras aparecem durante as festividades de Dionísio (Deus do vinho). Nessas festas todos bebiam, cantavam, dançavam e usavam máscaras, feitas de folha de parreira, por acreditar que Dionísio estaria presente entre as pessoas. A máscara teatral grega possuía diferentes funções quando em cena, tais como proporção maior que a face do ator e os traços expressivos acentuados, para que todo o público pudesse assimilar o caráter do personagem.
quarta-feira, 4 de julho de 2012
"A VIAGEM DO CAPITÃO TORNADO"
Com direção de Ettore Scola é um filme primoroso no resgata à tradição dos antigos atores de Commèdia dell'Arte com suas companhias mambembes.
O ffilme se passa na França, 1774, quando o último e faminto herdeiro da família Sigognac, deixa o castelo de seus ancestrais para acompanhar um grupo de atores itinerantes, a caminho da corte do rei. Seduzido pela bela Serafina e pelo amor de Isabelle, o jovem Sigognac dará início as suas aventuras. No decorrer da difícil viagem, é Isabelle que, com sua ingenuidade, lhe conquista o coração e por ela Sigognac enfrentará seus maiores desafios. Emboscadas, sequestros, duelos e amores o transformam em um verdadeiro Senhor: o Barão de Sigognac. A Pedido da amada, Sigognac vence sua timidez e se inicia no teatro. Isabelle foge preferindo a vida de conforto e riqueza no palácio do Duque. Desiludido, o jovem Barão descobre no teatro sua verdadeira paixão.
A mistura de franceses e italianos no elenco de Viagem do Capitão Tornado também destaca o lado "multinacional" das famílias de atores da época, e as presenças de Ornella Muti e Emmanuelle Béart enriquecem o filme como mostrando que as mulheres tinham o seu nicho na "commedia dell'arte", sendo as únicas da companhia a não usarem máscaras nas apresentações, o que até ajudava a atrair atenção do público (e dos nobres) ao irem às peças para admirarem a beleza dessas atrizes.
É curioso notar como vários aspectos da "commedia dell'arte" são observados no cinema e na TV comercial atual, como exposição da beleza feminina e fiapos de enredos batidos e previsíveis sendo usados em comédias. Isso mostra como esse fenômeno teatral foi influente na cultura ocidental como um todo.
A película mistura cenografia teatral e realismo. Seu elegante e bem redigido roteiro, além de divertido, oferece momentos de sutil sabedoria. Uma verdadeira homenagem ao teatro itinerante, bem como seus heróicos artistas.
O ffilme se passa na França, 1774, quando o último e faminto herdeiro da família Sigognac, deixa o castelo de seus ancestrais para acompanhar um grupo de atores itinerantes, a caminho da corte do rei. Seduzido pela bela Serafina e pelo amor de Isabelle, o jovem Sigognac dará início as suas aventuras. No decorrer da difícil viagem, é Isabelle que, com sua ingenuidade, lhe conquista o coração e por ela Sigognac enfrentará seus maiores desafios. Emboscadas, sequestros, duelos e amores o transformam em um verdadeiro Senhor: o Barão de Sigognac. A Pedido da amada, Sigognac vence sua timidez e se inicia no teatro. Isabelle foge preferindo a vida de conforto e riqueza no palácio do Duque. Desiludido, o jovem Barão descobre no teatro sua verdadeira paixão.
A mistura de franceses e italianos no elenco de Viagem do Capitão Tornado também destaca o lado "multinacional" das famílias de atores da época, e as presenças de Ornella Muti e Emmanuelle Béart enriquecem o filme como mostrando que as mulheres tinham o seu nicho na "commedia dell'arte", sendo as únicas da companhia a não usarem máscaras nas apresentações, o que até ajudava a atrair atenção do público (e dos nobres) ao irem às peças para admirarem a beleza dessas atrizes.
É curioso notar como vários aspectos da "commedia dell'arte" são observados no cinema e na TV comercial atual, como exposição da beleza feminina e fiapos de enredos batidos e previsíveis sendo usados em comédias. Isso mostra como esse fenômeno teatral foi influente na cultura ocidental como um todo.
A película mistura cenografia teatral e realismo. Seu elegante e bem redigido roteiro, além de divertido, oferece momentos de sutil sabedoria. Uma verdadeira homenagem ao teatro itinerante, bem como seus heróicos artistas.
terça-feira, 3 de julho de 2012
Commèdia dell'Arte
Surgida no final da Idade Média, e resistindo até o século XVIII, deu um novo impulso ao Teatro Italiano; de carácter popular, formado de atores que iam de cidade em cidade, representando onde podiam: este gênero tirava o evento teatral do interior dos palácios para o meio do povo; esses artístas marcavam o aparecimento do 'ator profissional', por viverem de seu trabalho ambulante. Os textos da Commédia Dell'Arte não passavam de roteiros, onde as falas e movimentações de cena eram de improviso. Os atores utilizavam-se de máscaras pequenas cobrindo-lhes a face - da testa até o lábio superior, proporcionando uma boa projeção da voz. Estes, verdadeiros acróbatas preparados para saltos espetaculares, cantavam, dançavam e faziam mímica, e representavam personagens que dividiam-se nas seguintes categorias : "Pantaleone dei Bisognsi", "O Doutor", "Arlequim", "Briguela", Pulccinela, "Florindo" ou "Lélio" e "Rosaura" ou "Beatriz", etc. Goldôni, escritor teatral originário de Veneza, é o mais conhecido do gênero.
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'FÁBULAS & CONTOS DE FADAS p/ Crianças e Adultos'
O trabalho do T.C.B.C. é direcionado essencialmente ao público infanto-juvenil, com a principal preocupação de formar e educar - através de seus Espetáculos e Trabalhos de pesquisa, tanto histórica quanto pedagógica -, à fim de preparar um público de futuros adultos moralmente e intelectualmente lúcidos - estimulados pela leitura de boa qualidade e a busca constante da informação e da verdade -, utilizando o Teatro e todos os seus meios através de todos os tempos - da Antiga Grécia até os Dias de Hoje.